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A Biblioteca Nacional (BN) lançou nesta segunda-feira (15), em evento gratuito e aberto ao público, a publicação Lima Barreto: no Curso da Vida e das Leituras. Trata-se de um inventário analítico do acervo pessoal do escritor, que inclui correspondências, textos literários, documentos pessoais e caderno de imagens. O material pode ser acessado no site da Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da BN, Marco Lucchesi, ressaltou a importância deste momento, porque a instituição constitui um “imenso patrimônio da memória brasileira e Lima Barreto, para nós, faz parte da memória do mundo”. Lucchesi destacou o significado do autor em relação à história da literatura brasileira, ao tecido urbano, carioca e, sobretudo, a uma perspectiva étnica contemporânea. “Porque basta passar os olhos no Cemitério dos Vivos e no Diário, de Lima Barreto, que se nota que de fato a perspectiva de um país democrático continua sendo uma conquista árdua em que ele, Lima, foi num dos precursores mais ferrenhos, mais inteligentes, nítidos e que espelha justamente na sua morte, em 1922, a marca dramática do que foi essa conquista e o talento dele imenso”, disse Lucchesi.
O acervo de Lima Barreto, que integra a Divisão de Manuscritos, foi incluído no Programa Memória do Mundo (MoW, do nome em inglês) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2017. O programa visa promover a visibilidade, a preservação e a difusão de documentos e coleções de reconhecido valor universal. A Biblioteca Nacional recebeu na ocasião o título de Memória do Mundo do Brasil. O inventário é composto por 1.134 documentos e contém hiperlinks (ligações ou referências) que permitem acesso remoto a alguns dos itens disponibilizados na BN Digital. “A BN tem uma relação umbilical, vocacionada a que boa parte do seu acervo seja Memória do Mundo. E aí está, exatamente, o lugar também de Lima Barreto”, apontou o presidente.
Marco Lucchesi destacou o trabalho analítico realizado pela Divisão de Manuscritos, com todas as precisões documentárias e metadados referentes ao significado desse acervo. “É página por página, folha por folha, até o papel, a matéria definindo o tema. Enfim, uma visão de conjunto que é muito tática e muito importante para a Biblioteca Nacional e, sobretudo, para a cultura brasileira.”
Nascido em 1881, o escritor Lima Barreto foi responsável por uma vasta produção, que inclui não apenas contos e romances, como artigos de jornal, crônicas, ensaios e diários. Seu acervo reúne ainda correspondências trocadas com vários interlocutores sobre temas que vão desde questões pessoais, até suas ideias sobre liberdade, justiça, igualdade, relações inter-raciais e a dinâmica social no Rio de Janeiro, no início do século 20.
O presidente da BN lembrou que a instituição tem um depósito importante de escritores brasileiros, inclusive alguns mais recentes. Ele espera que o inventário de Lima Barreto traga à tona, para a sociedade brasileira, este lugar também da Biblioteca como guarda de importantes páginas da literatura nacional de outrora, mas também um pouco mais recentes. “Não contemporâneas, mas bastante recentes”. Outros inventários deverão ser lançados pela BN dentro do projeto Memória do Mundo do Brasil. “É um trabalho que não encontra fim, porque o material aqui é enorme, de acordo com a história do país.”
Maria Fernanda Nogueira, servidora da BN e organizadora do inventário, espera que a publicação traga mais pessoas pesquisando sobre Lima Barreto e tenha mais trabalhos feitos sobre a obra do autor. Maria Fernanda sublinhou a importância de Barreto não só em termos de literatura, mas por ter retratado muito do Brasil na época da primeira República, abordando todos os processos históricos após a libertação da escravatura. “Ele também é uma pessoa importante para a gente pensar o Rio de Janeiro, o Brasil, naquele período. Por isso, ele tem essa importância de Memória do Mundo Brasil, que é a memória nacional. Ele traz, ele reflete a memória da nação, além da vivência dele como homem negro, periférico. E tudo isso não deixa de ser atual hoje em dia.”
Carlos Henrique Juvêncio, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), foi um dos participantes da elaboração do inventário, do qual fez a apresentação. Destacou que, quando se traz à tona o acervo de uma pessoa negra em uma instituição como a BN, isso faz as pessoas negras se reconhecerem e passarem a buscar esse espaço que é delas também. “Ao tratar e divulgar, você está mostrando que a BN é de todos e a importância de ter acervo da pessoa branca, da pessoa negra, de descendentes indígenas, de mulheres, e por aí vai”.
*Colaborou Carol Pessoa, do Radiojornalismo
Edição: Juliana Andrade
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