Frentes parlamentares são associações de deputados e senadores de vários partidos para debater determinado tema de interesse da sociedade
22/03/2023 – 13:27
Foram lançadas nesta quarta-feira (22), na Câmara dos Deputados, a Frente Parlamentar Católica Apostólica Romana e as Frentes Parlamentares Mistas em Prol da Luta Contra o Câncer; em Prol do Combate às Doenças Cardiovasculares; e em Prol da Saúde 4.0 e do Acesso e Uso Racional de Equipamentos e Dispositivos Médicos (MedTec).
Coordenador da Frente Parlamentar Católica, que conta com 200 deputados, Eros Biondini (PL-MG) explicou o papel do grupo: “O trabalho da frente é desde reunir os parlamentares, os servidores, em momentos de reflexão e de oração, que é o nosso papel principal, obviamente acompanhando as pautas das defesas que temos na Câmara e no Senado – a defesa da vida, da luta contra o aborto.”
Ainda segundo ele, a frente apresenta e defende propostas em defesa das instituições filantrópicas, das instituições de caridade e das instituições que acolhem dependentes químicos.
“Unidos pela vida”
Já as frentes parlamentares mistas em Prol do Combate às Doenças Cardiovasculares; em Prol da Luta Contra o Câncer; e a chamada MedTec vão trabalhar de forma conjunta em um movimento único intitulado “Unidos pela Vida”.
Segundos dados apresentados durante o lançamento das frentes, 600 mil brasileiros morrem a cada ano em virtude dessas duas doenças – 400 mil por doenças cardiovasculares e 200 mil de câncer.
Coordenadora das frentes em Prol da Luta Contra o Câncer, que conta com a adesão de 209 parlamentares, e da MedTec, que tem a adesão de 205 parlamentares, a deputada Silvia Cristina (PL-RO) disse que os dois grupos vão trabalhar juntos para ter um resultado mais rápido na luta contra o câncer.
Ela defendeu, por exemplo, a aprovação do projeto de lei que institui a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer no âmbito do Sistema Único de Saúde (PL 2952/22) formulado pela Comissão Especial sobre Combate ao Câncer no Brasil. A comissão analisou, entre 2021 e 2022, ações para enfrentar a doença no País.
Silvia Cristina espera que “no próximo mês esse projeto esteja pronto para votação, para que toda a regulamentação do câncer ocorra, e a prevenção, o tratamento e a reabilitação, que é o final da jornada, sejam regulamentadas”.
Política para o coração
Coordenador da Frente em Prol do Combate às Doenças Cardiovasculares, o deputado Weliton Prado (Pros-MG) destacou que o objetivo principal do colegiado é elaborar uma nova política pública para as doenças cardiovasculares, que são as que mais matam no Brasil, mas são silenciosas e negligenciadas. Segundo ele, morrem quase 2 mil pessoas por dia de câncer ou do coração, mas parte dessas mortes poderiam ser evitadas por meio da prevenção.
“Da mesma maneira que fizemos na Comissão Especial de Combate ao Câncer, onde elaboramos uma nova política para o Brasil e nossa luta agora é aprovar essa lei, queremos fazer a mesma coisa em relação ao coração”, apontou Prado, que presidiu a comissão especial na legislatura passada.
“Queremos fazer audiências públicas, ter um mapeamento da situação real do Brasil, fazer discussões com todos os setores da sociedade e elaborar a nova política nacional do coração, das doenças cardiovasculares”, completou.
Missa
O lançamento da Frente Parlamentar Católica foi celebrado por missa no Salão Negro da Câmara, conduzida pelo cardeal Dom Paulo Cezar Costa, atual arcebispo de Brasília, que abençoou todas as frentes lançadas nesta quarta-feira (22), além de outras frentes ainda não lançadas oficialmente: em defesa das comunidades terapêuticas; em apoio às santas casas, hospitais e entidades filantrópicas; de doenças raras; em defesa da vida e da família; e contra o aborto e em defesa da vida.
Esposa do vice-presidente da República, Geraldo Alckimin, Lu Alckmin compareceu ao evento e pediu benção para a frente parlamentar em defesa das comunidades terapêuticas, “para que com seu trabalho leve as autoridades a discutirem de forma mais ampla sobre a restauração da vidas acometidas pelas drogas e sua recuperação”.
Reportagem – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein
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