Ex.Saúde, Presidente, Governo
Somente neste ano, 1.201 pessoas foram resgatadas de situações análogas à escravidão. A informação foi destacada neste sábado (13) em postagem publicada nas redes sociais por Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).
O dia 13 de maio é conhecido pela assinatura da Lei Áurea, em 1888. O que deveria ser um marco pelo fim da escravidão se tornou mais um dia de luta. Após 135 anos trabalhadores ainda são resgatados de situações análogas à escravidão. Só neste ano, 1,2 mil pessoas foram resgatadas…
Pimenta escreveu ainda que o governo brasileiro fará o que for necessário para construir um país mais justo. O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, também lamentou em suas redes sociais o alto número de ocorrências de trabalho escravo no país: “Até hoje a abolição não foi concluída. Estamos todos chamados a concluí-la”.
Os dados relacionados ao resgate de pessoas em situações análogas à escravidão constam no Radar SIT, mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Trata-se de um painel de informações e estatísticas online sobre as inspeções do trabalho realizadas no país.
Em 2023, ocorreram resgates em 17 das 27 unidades federativas. Dos casos registrados, 87,3% envolvem trabalho rural. Em Goiás, 372 pessoas foram encontradas em situação análoga à escravidão desde o início de janeiro. Todas elas em estabelecimentos agrários. É o estado com o maior número de ocorrências.
Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul, com 296 casos. Esse número foi impulsionado pela inspeção nas vinícolas Aurora, Garibaldi e Salton, em Bento Gonçalves (RS), onde 207 trabalhadores viviam em condições degradantes. Em março, semanas após a fiscalização, foi assinado um acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no qual as três se comprometeram a pagar R$ 7 milhões em indenizações.
O episódio também gerou reação da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, que pediu a expropriação dessas terras e o confisco dos bens das vinícolas, como prevê o Artigo 243 da Constituição Federal. A entidade divulgou um manifesto público que recolheu centenas de assinaturas.
No recorte por ocorrências em áreas urbanas, Minas Gerais responde por 71,9% dos casos com 110 pessoas resgatadas. Todas elas eram de estados do Norte e do Nordeste e trabalhavam em condições degradantes na construção de uma linha de transmissão de energia em Conselheiro Pena (MG). A obra é de responsabilidade do Consórcio Construtor Linha Verde, formado pelas empresas Toyo Setal e Nova Participações.
Inspeções também costumam levar à descoberta de casos de empregadas domésticas submetidas a condições análogas à escravidão. No mês passado, o governo lançou uma campanha nacional para receber denúncias desse tipo de ocorrência por meio do Disque 100. A iniciativa integrou as ações anunciadas por ocasião do Dia Nacional da Empregada Doméstica, celebrado no dia 27 de abril.
Se comparado com os anos anteriores, os números parciais de 2023 chamam a atenção. Já é aproximadamente metade do total de resgate de 2022, ano com o maior número de ocorrências nos últimos dez anos. Além disso, superam as ocorrência registradas tanto em 2019 como em 2020 e representam 60% dos registros de 2021.
Os últimos anos, porém, revelam uma queda quando se amplia a análise para a série histórica. Mais de 61 mil brasileiros foram resgatados em condições análogas à escravidão desde 1995. O ano que registrou o maior número de ocorrências é 2007, quando foram encontrados cerca de 6 mil trabalhadores em situação degradante.
A recente queda tem sido relacionada com a menor fiscalização ao longo dos últimos governos. Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho, não há concursos desde 2013 e, embora existam 3.644 vagas, apenas 1.949 estão ocupadas. A entidade sustenta que é o menor número em três décadas.
Entre especialistas, há o receio de que os casos cresçam diante da combinação entre flexibilização das regras trabalhistas e aumento da desigualdade social nos últimos anos. “Se em algum momento a gente conseguiu evoluir, no sentido de garantir um patamar de proteção às pessoas trabalhadoras, desde 2016, com a reforma trabalhista, com a uberização, com várias leis que vieram para diminuir o patamar de proteção da classe trabalhadora, a gente tem retornado a esse vazio protecionista. E os trabalhadores não têm mais um arcabouço protetivo que lhe garanta o mínimo de dignidade no trabalho”, disse há duas semanas o procurador do MPT, Tiago Cavalcanti.
Edição: Kelly Oliveira
Mais de 130 anos depois da abolição da escravatura, assinada em 13 de maio de 1888, a modalidade de turismo valoriza o patrimônio material e imaterial da população negra brasileira.
Além de redistribuir terras improdutivas, governo fornecerá crédito e assistência técnica aos assentados, estimulando a formação de cooperativas e agroindústrias, afirmou o ministro Paulo Teixeira durante feira do MST.
Conferência Livre de Saúde da População Negra discutiu sobre a erradicação da discriminação no SUS, a redução da mortalidade, o monitoramento e o controle social das políticas públicas no Brasil.
O único gol do confronto disputado no estádio Francisco Novelletto, em Porto Alegre, foi marcado pela meia-campista Rafa Levis em bela cobrança de pênalti.
Foram convidados 22 escritores para se debruçarem sobre a obra do romancista negro. O resultado foi o livro Quilombo do Lima, cujo lançamento se tornou um dos destaques da Festa Literária da Periferia.
Técnicas do instituto apontam novos indícios da existência do antigo Quilombo Saracura. Elas solicitam que a Fundação Palmares e os Ministérios da Cultura, Igualdade Racial e Direitos Humanos avaliem o caso.
Vice-presidente visitou a 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo. Para ele, não é papel da Câmara dos Deputados, por meio de CPI, investigar invasões de terra.
As medalhas vieram no último dia de disputas individuais em Doha (Catar). O brasileiro, conhecido como Baby, alcançou a conquista na categoria acima de 100 quilos.
O pugilista baiano de 22 anos de idade, conhecido com Holyfield, garantiu ao Brasil a presença no segundo pódio no torneio disputado em Tashkent (Uzbequistão).
Um homem identificado como dono do garimpo ilegal foi preso em flagrante e pode responder por crimes ambientais e posse ilegal de arma, informou a Polícia Federal. Seis trabalhadores viviam em condições degradantes.
Conheça nossos aplicativos nas lojas online da iTunes e Google
