Ex.Saúde, Presidente, Governo
O projeto musical Relicário, de resgate dos áudios de shows históricos realizados em unidades do Serviço Social do Comércio (Sesc) nas décadas de 1970, 1980 e 1990, estreia nesta quarta-feira (5), com gravação inédita de João Gilberto, de 1998, no Sesc Vila Mariana. O musical foi remasterizado e formatado como álbum digital. O álbum duplo João Gilberto ao Vivo no Sesc 1998 reúne 36 músicas e será disponibilizado com exclusividade e gratuitamente, a partir desta quarta-feira (5), na plataforma Sesc Digital. A capa do álbum é reprodução do grafite feito pelo artista visual Speto, em 2020, em homenagem a João Gilberto.
“A gente lança o single em todas as plataformas, já entra no Sesc Digital para ser ouvido na íntegra e, no dia 26, faz o lançamento em todas as outras plataformas e lança ele fisicamente também, em CD duplo”, informou à Agência Brasil o gerente do Centro de Produção Audiovisual do Serviço Social do Comércio (Sesc), Wagner Palazzi.
A novidade é que nessa gravação foi encontrada uma canção inédita, Rei sem Coroa, que João Gilberto cantava nos shows, mas nunca havia gravado, e que chega ao público agora, 25 anos depois da apresentação histórica na unidade do Sesc, em São Paulo. A faixa inédita também estará a partir de hoje nas principais plataformas de streaming (transmissão de conteúdos pela internet). A ideia da instituição, com o projeto Relicário, é tornar a riqueza desse acervo cada vez mais acessível ao público.
A canção Rei sem Coroa é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que foi morar no Copacabana Palace Hotel, no Rio de Janeiro, após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra Mundial.
Segundo Wagner Palazzi, há alguns anos, o Centro de Produção Audiovisual do Sesc tinha a ideia de criar um acervo audiovisual para reunir todos os registros guardados na instituição, de forma catalogada e de modo que pudessem ser consultados.
“Uma coisa que foi feita foi ir atrás dos áudios espalhados que tinha nas unidades [do Sesc]. Durante algum tempo, os acervos eram individualizados e a gente começou a juntar isso em um lugar só.”
Uma primeira seleção envolveu 300 shows realizados nas unidades regionais do Sesc. O trabalho verificou a qualidade dos áudios, uma vez que o material é muito antigo, reunindo desde fita de rolo, cassete, fita DAT (digital audio tape). “A gente digitalizou todo esse material e começou o trabalho de ouvir isso”. Foi quando as pessoas lembraram do show de João Gilberto no Sesc Vila Mariana, em 1998. Para surpresa dos envolvidos, a fita tinha uma “qualidade incrível”, destacou Palazzi.
A decisão, então, foi abrir o projeto Relicário com o álbum duplo de João Gilberto, considerado “um dos grandes nomes da música popular brasileira, como Pixinguinha, Tom Jobim e outros”, afirmou o gerente do Centro de Produção Audiovisual. “A gente achou que seria importante começar com esse tesouro.” A faixa instrumental Um Abraço no Bonfá, homenagem ao violonista Luiz Bonfá (1922-2001), é a única música de autoria de João Gilberto interpretada na apresentação no Sesc Vila Mariana.
O lançamento do álbum duplo do cantor celebra os 25 anos da apresentação no local. A unidade havia sido inaugurada em dezembro de 1997 e o “pai” da bossa-nova era um dos primeiros grandes nomes a pisar no palco daquele teatro. João Gilberto estava em turnê para celebrar os 40 anos da bossa-nova, com shows agendados em Salvador, Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Maceió. São Paulo recebeu três dias de apresentações, sendo a última, em 5 de abril de 1998, a fonte para o material do projeto Relicário. Conhecido por seu perfeccionismo, na época João fez apenas quatro pedidos para a realização do show: um banco para piano, um tapete persa, uma mesa para violão e a acústica perfeita. As informações foram divulgadas pelo Sesc, por meio de sua assessoria de imprensa.
Para preservar também a memória da instituição, o projeto Relicário incluiu, além das canções, textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias veiculadas na imprensa, à época, que o público poderá acessar também de forma gratuita no site sescsp.org.br/relicario.
“É uma pesquisa que a gente está fazendo, porque eu acho importante contextualizar. Com esse lançamento, a gente espera estar contribuindo, de alguma maneira, para a preservação da memória da música brasileira. E isso faz parte, não só ouvir, mas tudo que está envolvido ali no meio. Poder entender o que foi falado na época, poder ver. Por isso, são encomendados textos para situar a pessoa que ouvir o show.”
Atualmente, o Sesc realiza cerca de 5 mil shows por ano em suas 44 unidades regionais. “Tem muita coisa gravada, que o artista autorizou”. O que dá mais trabalho é correr atrás dos direitos autorais, informou Wagner Palazzi. No caso do álbum de João Gilberto, disse que os três filhos do cantor (Bebel Gilberto, João Marcelo e Luísa) foram muito parceiros. “A Bebel acabou fazendo a supervisão artística de tudo.”
Segundo Palazzi, mais quatro shows já estão “na ponta da agulha para serem lançados ainda este ano”. O primeiro será uma apresentação de Zelia Duncan, feita em 1997, no Sesc Pompeia, que teve participação do musicólogo Zuza Homem de Mello, com o projeto Ouvindo Estrelas, em que ele entrevistava pessoas no palco. “Era um show-entrevista, uma conversa descontraída”, conta o gerente. Essa apresentação será lançada somente no Sesc Digital, mas não comercialmente. Palazzi destacou que os outros três espetáculos serão grandes surpresas dos anos de 1970, 1980 e 1990.
Desde 2004, o Selo Sesc traz a público obras que revelam a diversidade e a amplitude da produção artística brasileira, tanto em obras contemporâneas quanto nas que repercutem a memória cultural, estabelecendo diálogos entre a inovação e o histórico. Entre as obras audiovisuais em DVD, destaca-se a abordagem de diferentes aspectos da música, da literatura, da dança e das artes visuais. Os títulos estão disponíveis nas principais plataformas de áudio, Sesc Digital e Lojas Sesc.
O CD duplo de João Gilberto no Sesc da Vila Mariana tem as seguintes faixas:
1. Violão amigo (Autor: Bide / Armando Marçal)
2. Isto aqui o que é? (Autor: Ary Barroso)
3. Vivo sonhando (Autor: Tom Jobim)
4. Nova ilusão (Autor: Menezes / Luiz Bittencourt)
5. Izaura (Autor: Herivelto Martins / Roberto Roberti)
6. Curare (Autor: Bororó)
7. Doralice (Autor: Dorival Caymmi / Antônio Almeida)
8. Rosa morena (Autor: Dorival Caymmi)
9. Aos pés da cruz (Autor: Zé da Zilda / Marino Pinto)
10. Louco (Autor: Henrique de Almeida / Wilson Baptista)
11. Pra que discutir com madame (Autor: Janet de Almeida / Ary Vidal)
12. Corcovado (Autor: Tom Jobim)
13. Retrato em branco e preto (Autor: Tom Jobim / Chico Buarque)
14. Rei sem coroa (Autor: Herivelto Martins / Waldemar Ressurreição)
15. Preconceito (Autor: Marino Pinto / Wilson Batista)
16. Saudade da Bahia (Autor: Dorival Caymmi)
17. O pato (Autor: Jayme Silva / Neuza Teixeira)
18. Meditação (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
1. Carinhoso (Autor: Pixinguinha / Braguinha)
2. Guacyra (Autor: Heckel Tavares / Joracy Camargo)
3. Solidão (Autor: Tom Jobim / Doca)
4. O amor em paz (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)
5. A primeira vez (Autor: Bide / Armando Marçal)
6. Ave Maria no morro (Autor: Herivelto Martins)
7. Bahia com H (Autor: Denis Brean)
8. Samba de uma nota só (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
9. Caminhos cruzados (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
10. Lá vem a baiana (Autor: Dorival Caymmi)
11. Ave Maria (Autor: Jayme Redondo / Vicente Paiva)
12. Desafinado (Autor: Tom Jobim / Newton Mendonça)
13. Um abraço no Bonfá (Autor: João Gilberto)
14. Chega de saudade (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)
15. A Valsa de quem não tem amor (Autor: Custódio Mesquita / Ewaldo Ruy / João Gilberto / Bebel Gilberto)
16. Eu sei que vou te amar (Autor: Tom Jobim / Vinicius De Moraes)
17. Wave (Autor: Tom Jobim)
18. Esse seu olhar (Autor: Tom Jobim)
Matéria alterada às 12h52 para correção de data no segundo parágrafo. O correto é dia 26, e não 27, como informado anteriormente.
Edição: Juliana Andrade
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