Referência em atendimento psiquiátrico, Hospital de Saúde Mental celebra 60 anos de assistência à população cearense

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Milena Fernandes – Ascom HSM – Texto
Brauliana Barbosa – Arte gráfica

O Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSM) completa 60 anos de assistência nesta quinta-feira (23). A unidade vinculada à Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) e integrante da rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS) é referência no atendimento em Psiquiatria no Estado. O HSM dispõe de uma Emergência 24h para pacientes com transtornos mentais graves e que estejam em crise, além de 180 leitos de internação, sendo 160 para tratamento daqueles com transtornos mentais gerais e 20 para dependentes químicos.
Para os pacientes que não precisam de internamento, porém necessitam de acompanhamento para evitar hospitalização, a unidade oferece assistência especializada em dois hospitais-dia: o Elo de Vida, com foco em pessoas adictas, e o Lugar de Vida, para pacientes com transtornos mentais e quadro de saúde estável.
Em 2022, o HSM realizou mais de 20 mil atendimentos na Emergência, 2.180 internações e 16.653 assistências ambulatoriais.
A unidade também oferece atendimento ambulatorial psiquiátrico, coordenado pela Residência em Psiquiatria, acolhendo crianças, jovens, adultos e idosos. Além disso, o serviço reúne 15 especialidades psiquiátricas e recebe pacientes com transtornos mentais com diferentes diagnósticos e estágios de gravidade. Esta assistência é prestada por médicos residentes sob a supervisão de preceptores. Todos os anos, cerca de dez novos psiquiatras são formados no HSM.
A estrutura hospitalar possui cerca de 700 funcionários, somando os atuantes em áreas assistenciais e administrativas. Durante seis décadas, muitos trabalhadores já fizeram e fazem história no HSM, criando e mantendo laços afetivos com a instituição.

Nanci Maria Silveira Campos soma 50 anos de atuação no HSM
A técnica em Enfermagem Nanci Maria Silveira Campos, de 69 anos, conta que o seu primeiro emprego foi no HSM. Já são 50 anos de serviços dedicados aos pacientes do hospital. “É a minha maior alegria; eu me dedico com muito prazer às atividades que executo, adoro me arrumar para ir trabalhar, sou apaixonada pelo que faço e o que mais me motiva é poder cuidar dos pacientes que me esperam diariamente, aguardam meu trabalho”, afirma.
Verdadeiras histórias de amor também são encontradas no HSM. O gestor do Setor de Protocolo, Abraão Valentim, de 61 anos – destes, há 41 no hospital –, conheceu a mulher que viria a ser sua esposa no refeitório da unidade, em 1984. À época, Rosa Maria de Freitas Silva, hoje com 56 anos, tinha acabado de ser contratada e trabalhava na Zeladoria. Atualmente, ela é recepcionista da Residência Médica.

Valentim e Rosa se conheceram no HSM há 39 anos, casaram e tiveram três filhos
“Eu estava almoçando e, quando a vi, me apaixonei. Passei um ano tentando conquistá-la, deixava bilhetes no cartão de ponto dela e fazia questão de acompanhá-la no percurso de ônibus até o Centro da cidade, no fim do expediente. Ficamos amigos, iniciamos o namoro, depois vieram o noivado e o casamento, que já completou 39 anos. Dessa união, temos três filhos maravilhosos: Pablo, Victor e Lucas. Tenho muita gratidão a esse trabalho, pois só me proporcionou vitórias: minha carreira profissional, as amizades e a conquista da minha família”, comemora Valentim.
O diretor-geral Davi Queiroz ressalta que os colaboradores do HSM demostram esse carinho pela instituição e reconhecem a importância de atender bem a população, trabalhando com zelo, compromisso, amor ao próximo e responsabilidade. “Como não se apaixonar por este hospital depois que você percebe que ele é muito mais que as paredes, que os processos e os serviços? O HSM é feito por pessoas que gostam de trabalhar aqui e de cuidar dos nossos pacientes. Ou seja, do amor por cuidar, por tentar fazer melhor que ontem, doando parte do tempo para tentar diminuir o sofrimento dos outros”, diz.
O diretor continua: “O nosso grande reconhecimento nesse aniversário de 60 anos é observar o sorriso no rosto de cada paciente que vai se recuperando e participando dos momentos artísticos, por meio de terapias, oficinas de pintura, música e arte. O tratamento realizado aqui é fundamental para o cuidado do sofrimento psíquico da população cearense”.
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