Ex.Saúde, Presidente, Governo
O mercado fonográfico brasileiro arrecadou R$ 2,5 bilhões em 2022, alta de 15,4% em comparação com o ano anterior. É o sexto ano consecutivo de crescimento do setor, conforme balanço apresentado pela Pro-Música Brasil Produtores Fonográficos Associados, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do país.O resultado foi equivalente a quase o dobro do obtido nos últimos quatro anos e levou o país a subir da décima primeira para a nona posição no ranking da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, do nome em inglês).
Em entrevista nesta quarta-feira (22) à Agência Brasil, o presidente da Pró-Música, Paulo Rosa, disse que os números do balanço se baseiam em informações dos associados da entidade, que são os maiores produtores fonográficos que operam no Brasil, e também em estimativas sobre o mercado independente.
“A arrecadação é exatamente o que o mercado fonográfico fatura no que se refere a vendas físicas, que é muito pouco, no que se refere aos meios digitais, em especial ao streaming, que é a maior parte, e às execuções públicas, que já abrangem os direitos conexos, que cabem ao produtor fonográfico, ao artista e aos músicos acompanhantes”, explicou Paulo Rosa. Em termos globais, o mercado cresceu 9% no ano passado, arrecadando US$ 26,2 bilhões, impulsionado pelo crescimento do streaming por assinatura paga, segundo a IFPI. Streaming é a tecnologia de transmissão de conteúdo online que permite consumir filmes, séries e músicas.
Considerando as vendas digitais e físicas, a arrecadação no Brasil somou R$ 2,2 bilhões, com expansão de 15,4% sobre 2021. As receitas de execução pública renderam R$ 323 milhões para produtores, artistas e músicos, com crescimento de 15,3% em relação ao ano anterior. O streaming representou 86,2% do total arrecadado, cabendo à execução pública 12,8%.
As vendas físicas de CDs, DVDs e discos de vinil participaram com 0,5% do total arrecadado (R$ 12 milhões), com queda de 3% sobre o ano anterior. No físico, os CDs foram o formato mais vendido no ano passado, com faturamento de R$ 6,7 milhões, seguido pelos discos de vinil (R$ 4,7 milhões) e DVDs (R$ 0,4 milhão).
Para Paulo Rosa, a tendência é que o crescimento do setor continue neste ano, embora isso dependa também do comportamento da economia brasileira. Em 2016, houve recuo nos direitos de execução pública, mas não foi na parte de streaming, lembrou Rosa. “O formato streaming está crescendo, desde que foi adotado no Brasil, e a tendência é continuar crescendo no Brasil e no mundo inteiro”. As vendas físicas de CDs, vinil e DVDs representam hoje apenas 0,5% do faturamento no país, onde quase não se encontram mais lojas especializadas em música. “É muito difícil. O setor de varejo foi muito prejudicado e diminuiu muito durante os anos de pirataria física.”
Ele disse que não vê possibilidade de recuperação significativa das vendas físicas, a não ser que ocorra um movimento forte nesse sentido, e destacou a ressurgência do vinil em alguns mercados, embora sem repetir as condições anteriores existentes no Brasil. Segundo o presidente do Pro-Música, a tendência é que os formatos físicos fiquem em um nicho, o que não significa necessariamente que continuem em queda de faturamento. “Eles podem ter até mais faturamento, mas devem continuar no nicho. Pelo menos para os próximos anos, o formato dominante continuará sendo o das plataformas de streaming interativo e on demand [conteúdo fica disponível para ser assistido na hora que o usuário quiser].”
Segundo Paulo Rosa, a pandemia da covid-19 não afetou o segmento de streaming, que já vinha crescendo e deu uma acelerada nos anos de 2020 e 2021, porque as pessoas tiveram que ficar em casa por causa do distanciamento social e do trabalho remoto, e procuraram consumir conteúdos transmitidos pela internet. As plataformas de streaming, tanto para música como para audiovisual tiveram mais crescimento no período. “A pandemia, de certa forma, favoreceu uma aceleração do crescimento. Aliás, 2022 foi o primeiro ano após a pandemia, e ainda se percebe crescimento significativo em relação a 2021.”
O Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), administrado por sete associações de música, que facilita o processo de pagamento e distribuição dos direitos autorais aos compositores e demais titulares, não quis comentar as informações.Segundo a assessoria de imprensa do Ecad, a instituição “não comenta dados de terceiros”.
De acordo com o relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica, as receitas de streaming de áudio por assinatura, por meio de 589 milhões de usuários de contas de assinatura pagas, aumentaram 10,3% no mundo, atingindo US$ 12,7 bilhões, no final de 2022. O streaming total (incluindo assinatura paga e suporte de publicidade) cresceu 11,5%, com arrecadação de US$ 17,5 bilhões, ou 67% do total das receitas globais de música gravada.
O relatório da Pro-Música traz a lista das 200 músicas mais tocadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2022. As dez mais acessadas foram: Mal Feito (ao vivo), Hugo & Guilherme, Marília Mendonça; Malvadão 3, Xamã, Gustah & Neo Beats; Vai Lá Em Casa Hoje (feat Marília Mendonça), George Henrique & Rodrigo; Bloqueado (ao vivo), Gusttavo Lima; Molhando o Volante, Jorge & Mateus; Termina Comigo Antes, Gusttavo Lima; Malvada, Zé Felipe; Balanço da Rede, Matheus Fernandes & Xand Avião; A Maior Saudade (ao vivo), Henrique & Juliano; e Sentadona S2, Davi Kneip, Mc Frog, Dj Gabriel do Borel & Luísa Sonza.
A Pro-Música substituiu, em 2016, a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (ABPD), criada em abril de 1958
Edição: Nádia Franco
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