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A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) renova, nesta segunda-feira (15), convênio com a Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern), em Genebra, na Suíça. O acordo visa à manutenção do experimento realizado no detector de partículas Compact Muon Solenoid (CMS) pelo Grupo de Física de Altas Partículas, vinculado ao Instituto de Física da universidade, sob a coordenação do professor Luis Mundim.
Em entrevista à Agência Brasil, antes de viajar para Genebra, o reitor da Uerj, Mario Carneiro, disse que a parceria do Instituto de Física com o Cern começou na década de 90. Já o convênio que será renovado, ligado ao experimento no CMS, teve início em 2002. “É um projeto muito importante porque a organização envolve mais de 4 mil pesquisadores, engenheiros e técnicos de 250 instituições de mais de 50 países. A equipe da Uerj é o maior grupo brasileiro que participa desse experimento. Atualmente, é considerado o maior esforço de pesquisa do mundo e ocorre na área de física experimental de partículas e física básica”.
Carneiro destacou a importância da renovação do convênio para “dar amparo legal a esses pesquisadores”. A renovação do convênio será feita no próprio Cern, o que significa um marco para a Uerj. “Esse projeto é muito especial e nós estamos muito felizes com esse acontecimento”, afirmou o reitor. A ideia é não só melhorar o projeto que está em andamento mas, se possível, fazer outros projetos, completou. “Se houver oportunidade, o objetivo será aumentar a participação da Uerj nesse evento”.
Doze pesquisadores da Uerj atuam na Cern, com atividades relacionadas ao desenvolvimento, à montagem e manutenção de sistemas, explorando a fronteira do conhecimento sobre as leis fundamentais do universo. Entre os 242 grupos que trabalham no CMS, a equipe da Uerj está em vigésimo segundo lugar. O professor Mundim explicou que o detector de partículas opera no acelerador de prótons Large Hadron Collider’ (LHC), considerado o maior e mais ambicioso projeto científico do mundo.
Essa máquina funciona em túnel circular com 27 quilômetros de circunferência, acelerando dois feixes de prótons em sentidos contrários. Associados a esse acelerador, existem quatro experimentos instalados nos pontos em que ele faz colidir os prótons; um desses experimentos é o CMS, informou Luis Mundim.
O CMS pode identificar e medir o momentum de múons, elétrons, fótons e jatos, sendo uma ferramenta importante para testar o modelo padrão e novas teorias em ampla faixa de energia e luminosidade. O professor assegura que acelerar partículas e fazê-las colidirem em altas energias é uma forma de se recriar as condições que existiam dentro de um bilionésimo de segundo após o big bang (teoria sobre a origem e evolução do universo). Isso permite que os físicos estudem e tentem entender as leis que governam o universo, entre elas a interação magnética. “É um estudo em ciência básica, fundamental”, disse Mundim.
“Se pensarmos nas leis que descrevem os fenômenos da natureza, estamos realizando a determinação de parâmetros do chamado Modelo Padrão das Partículas Elementares e, eventualmente, procurando uma nova teoria que possa melhor descrever as interações fundamentais da natureza”. Ele deixou claro, no entanto, que embora o modelo padrão seja o melhor que existe atualmente, está longe de ser a teoria definitiva.
Luis Mundim explicou que é significativo o impacto desse trabalho na área da física de altas energias e para a ciência de forma geral. A física de altas energias é a parte experimental da matéria que estuda as interações fundamentais do universo e seus constituintes mais elementares. É uma área essencialmente focada na ciência básica e, por estar na fronteira do conhecimento científico e tecnológico, tem impacto expressivo tanto para a ciência quanto para a tecnologia, pois os experimentos atuais são complexos e exigem o desenvolvimento de tecnologias inexistentes para funcionar.
Os subprodutos têm impacto tanto na física quanto na medicina por meio, por exemplo, da aplicação da tecnologia desenvolvida a equipamentos para diagnóstico e tratamento de câncer, entre outras doenças, bem como em produtos de consumo. No caso do tratamento do câncer, em especial o uso de tecnologias desenvolvidas nos aceleradores favorece a aplicação por meio do uso de feixe de partículas, para a eliminação de tumores.
Luiz Mundim informou que, em termos das descobertas propriamente ditas, o impacto imediato para a sociedade é muito baixo, como costuma ocorrer em ciência básica, exceto por satisfazer a curiosidade do ser humano em compreender o universo em que vive. Ele lembrou que os impactos indiretos dessa área em particular são muito grandes.
Para Mundim, o desenvolvimento de telas sensíveis que hoje equipam celulares foi primeiramente usado para o controle do acelerador Super Proton Synchrotron (SPS) em 1973, e iniciou a tomada de dados em 1976. “Outra tecnologia que está no cotidiano de todos nós é a WWW, ou simplesmente, a internet. O meio físico da internet existe desde os anos 60, mas somente nos anos 90 é que uma nova maneira de usá-la tomou o nosso dia a dia”. Um terceiro impacto expressivo é no caso do tratamento de câncer.
Edição: Graça Adjuto
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